24 de dezembro de 2013

Vésperas Oficiais


Amanhã neste mesmo horário, famílias de diversas partes do mundo se reúnem para dar presentes, risada, reencontrar tias e primos distantes... Abraçar aquele parente que você não lembra direito o nome, porém o rosto não é estranho e sua mãe diz que é pai de fulano de tal que era casado com ciclana...
Mesas fartas, na minha casa tenho essa sorte, sei que muitos passam fome nas ruas e esta data é apenas mais um dia frio pedindo esmolas ou roubando, enfim, vivendo na medida do possível.
Na mesa de casa tem fartura, vários tipos de comidas, bebidas e uma árvore cheia de presentes na base.
Todo Natal eu choro ao abraçar minha mãe, sabendo que ela não pode fazer a mesma coisa, ela infelizmente não pode abraçar sua mãe, nem ouvir a voz...
Natal sem mãe.
Mãe.
Palavra mais forte do mundo, para mim.
Amor é pouco.
E para mim, devia ser proibido não tê-las, qualquer criança devia ter o direito de conhecer sua avó, brincar com ela, crescer e torná-la bisa, para aí sim buscar o lugar ao sol.
Minha família de sangue é pequena, minha maior família é a de afinidade, de coração...E estes estão longe nesse momento, estão cumprindo padrões e abraçando os parentes que muitas vezes nem sabemos de onde saiu...
Enfim, presentes e tudo mais, muitos não sabem o motivo de existir Natal e sinceramente, pra mim isso é uma desculpa pra gastar todo o 13º salário sem tanta culpa e suprir todas as necessidades capitalistas..
Pra mim é uma época de renovar guarda-roupa e preparar para a chegada do novo ano, meu psicológico é forte, acredito com fervor, portanto, muitas coisas que prometo para o ano seguinte tornam-se realidade, eu mesma conquisto sem perceber, pois direcionei meu pensamento e meu cérebro já estava ciente daquela promessa pessoal, tratando de cumprir sem mesmo que eu tenha que lembrá-lo disso diariamente...
Os olhos não mentem, não fico feliz no natal, amo ganhar presentes mas trocava todos eles por uma presença carnal que me faz falta durante toda a vida, mas nesse dia, enche meus olhos de lágrimas ao lembrar dos melhores momentos, da alegria contagiante que trazia para dentro de casa e da incansável luta por unir todos os familiares, independente de brigas anteriores e desavenças comuns entre todos...
O Natal era lindo quando preparado pela minha vovó Elza, eu sinto muita falta!
Mas não posso desanimar, não posso imaginar a dor da minha mãe por não ter a dela ao lado, então tento me manter forte para que ela possa sugar minha força e energias para suportar mais um natal, mais uma data triste...
Eu já acreditei em Deus, hoje tenho certeza que não existe e muito menos que é justo.
Isso não é aceitável.
Enfim, espero que amanhã esse momento passe logo, que eu me entregue aos braços de Morfeu...
E que o ano-novo traga alegrias suficientes para que a depressão natalina não contemple 2014 inteiro.

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