“Eu já fui embora de lugares que parei de caber. De lugares que pensei que cabia. De lugares que estavam me afogando. De lugares onde minha voz não era respeitada. Eu já fui embora de lugares que que não permitiam minha expansão.
Não suporto ver minha imensidão correr pelos cantos, gosto de existir com plenitude. Eu já fui embora de pessoas pequenas que insistiam em não evoluir. Já fui embora de pessoas gigantes que estagnaram e não aceitaram me ver voando. Já fui embora de muita gente e irei mais vezes se for preciso.
Já fui embora pra me proteger, pra fugir, pra parar de me anular, pra sobreviver, pra voltar a viver, pra existir. Eu sempre vou embora porque toda despedida gera um encontro. Fins geram inícios. E quando encontro comigo mesma novamente é sempre louco e lindo, mas principalmente lindo. Especialmente quando eu sei separar o que eu sou do que me fizeram pensar que eu era. E respeito o que estou me tornando.
Quais mensagens você tem escrito na porta de seu corpo-lar? É ele que estará lá te aguardando em seus retornos.
Memorize os motivos de suas partidas, mas não viva dentro deles. Viva por você e pelo seu movimento.”.
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texto enviado por minha mãe em um momento de muita transformação e libertação em nossa família
mesmo dia em que retirei parte de mim que remete a uma ancestralidade humanóide não mais necessária nos tempos modernos, o siso foi-se
eu também, parti
partiu
sinto muito
e assim amo
tento, aprendo, compartilho e multiplico
livre.mente
amem
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