11 de setembro de 2015

EducaCão

Animais de estimação, assim como crianças, são como uma esponja e absorvem o que está ao seu redor.


Apesar de terem personalidade, podem e devem ser educados para conviver em sociedade.
A boa educação destes indivíduos demanda dedicação e discernimento por parte dos pais/donos.
Nem todos tem capacidade pra exercer as tarefas essenciais adequadamente, portanto, o resultado deste despreparo é evidente e constante.


Ninguém merece aturar malcriação, exceto pelos indivíduos que optaram por criar sem educar.

Muitos clamam pelos seus direitos. Direito de ter filhos, direito de ter animais, direito de reclamar.


A questão é que para ter direito, precisamos, antes de tudo ter e cumprir com os DEVERES.
É nessa parte que enrosca.

Pense nas atitudes tomadas pelas crianças que conhece. Lembre-se dos momentos em que percebeu mau comportamento e pergunte-se: O que as levou a adotar esta conduta? Perceberá que salvo modos típicos de certas fases da vida, a reação tem tudo a ver com a (falta de) orientação passada pelos (ir)responsáveis.


O mesmo acontece com os bichos que temos em casa, quando malcriados incomodam e são muito desagradáveis, portanto devem permanecer sob controle, restritos a conviver apenas com aqueles que não se importam com a falta de bons modos.

Afim de respeitar o espaço do próximo, recolhe-se a sujeira e/ou bagunça que estes dependentes podem fazer nos locais públicos ou privados em que comparecem.


Entretanto, quem não soube civilizar um ser aparentemente "neutro", nem sempre terá aptidão para notar o desconforto que atos inapropriados podem causar ao seu redor e por isso não manifestam-se devidamente diante a situações complicadas, o que gera um transtorno ainda maior para os envolvidos.

Pensar no próximo é fundamental para o bom convívio.

Ao abordar este assunto, gostaria de finalizar com uma historinha:


"Filha única até os 9 anos, L nem imaginava o que a esperava na saída da escola naquela sexta-feira ensolarada em Setembro de 2003: Zeus! Um pit bull red nose com uma marca marrom em seu olho direito e pele rosa. Aquele bebê de 3 meses veio para fazer o papel de irmão mais novo.
Com todos seus defeitos e qualidades, completou a vida da família, trouxe segurança e impôs respeito por onde passou. 
Muitas aventuras foram vivenciadas, o cachorro teve que aturar criança puxando seu rabo, mordendo sua orelha, sua irmã dizendo que era fedido, primas e amigos o enfeitando com acessórios para tirar fotos, pois devo confessar que sua beleza sempre foi incomparável e ainda assim, permanecer tranquilo e muito dócil.
Como toda irmã mais velha, L era bem implicante com seu pivetinho, mas sempre o teve em seu coração, compartilhando o amor recebido por seus pais, que apesar de doidos, sempre preocuparam-se com o bom desempenho comportamental e emocional de seus filhos, humanos e animais."


Conclui-se que as diretrizes necessárias para repassar um bom ensinamento é antes de tudo o amor, pois quando amamos preocupamos-nos com o bem do próximo e por isso educamos. Além disto, é preciso certa maturidade e empenho para passar sabedoria positiva.

E no final das contas, questiono: O cão é ou não é a cara do dono?


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