Wake Up for the life.

Nos achamos espertos durante toda vida, criticamos coisas, pessoas atitudes e também somos criticados, com menos intensidade que elogiamos e somos elogiados, quando digo isso me refiro a elogios SINCEROS.

A cada ano aprendemos muita coisa, tomamos muito tombos e nos levantamos, é chocante olhar pra trás e lembrar de coisas que tínhamos certeza e que hoje já não fazem mais sentido, é um tanto quanto desesperador descobrir certas coisas, acordar pra certas verdades, e em muitos casos, não poder fazer absolutamente nada.
Se com 19 anos me deparo com isso e me sinto tão pasmada, a rotineira pergunta de quem não compreende opiniões adversas: COMO PODE ?
Falamos sobre muitos assuntos, várias vezes reclamando, mas quase nunca refletimos sobre se o que estamos falando com repulsa não se encaixa perfeitamente a nossa própria vida.
Acho que estou no primeiro degrau de infinitos, que muitas decepções ainda virão para abalar a estrutura e fazer com que tudo que eu acreditei a vida inteira sejam colocados a prova e causem uma grande confusão na minha mente e sentimentos.

Maus momentos.

REVIVER

Existem algumas palavras, que foram criadas na intenção de descrever uma coisa, coisas abstratas como sentimentos e emoções, não sei se quem inventou essas palavras se sentiu como eu, mas se sim, tenho certeza que não obtiveram sucesso na tentativa fazer um simples leitor compreender a maravilhosa sensação de RENASCER, REVIVER, VIVER.

Acordar cedo, sentir a alma, ouvir o coração e fazer tudo que puder, ajudar as pessoas, se admirar no espelho, se sentir viva! Há quanto tempo não me sentia assim, aliás, nunca me senti tão bem, pois não passei por uma perda da vontade de viver, então a vitalidade passou desapercebida durante a maior parte da minha vida, posso dizer que os tempos que estive mal me serviram de lição em milhares de aspectos da vida.
Eu não sabia o quão bom era ter ocupação o dia inteiro e ao final do dia, estar disposta e alegre por ter produzido, eu não prestava atenção no jeito como as pessoas observam e avaliam as outras, na semelhança entre os seres humanos e cada animal, nem que seja pouco.
É bom sentir o sabor da vida, saborear com vontade, agarrar todas as oportunidades e sentir que isso sim vai garantir uma vida boa, uma satisfação pessoal, que leva a satisfação profissional.
É importante abrir os olhos para o que realmente importa, deixar de lado ciúmis bobo, mágoas pelo passado e arrependimentos...
É ótimo ser justo consigo mesmo e com todos que nos cercam, as pessoas tem uma mania muito comum de julgar tudo e todos, mas percebo que esta é uma necessidade do ser humano de puxar assunto com outro e muitas vezes, para se sentir melhor, cada um tem consciência de vários defeitos de si próprio, então brincar de '7 erros' com o próximo conforta, dessa forma a pessoa não se sente o patinho feio no meio dos lindos cisnes.
Mas é claro que não é só isso, apesar de usarmos pouco da capacidade total do nosso cérebro, conseguimos realizar coisas surpreendentes, ou não, pois talvez tudo que a gente saiba seja verdadeiramente deplorável aos olhos de outras civilizações, mais desenvolvidas em tudo...
Engraçado pensar que pra nós, muito ja foi feito, muito ainda há de ser feito e por outro lado, pode ser que perto de capacidade que temos, isso seja apenas uma piscada no olho.
É gostoso ficar pensando em tudo que pode ser, é bom ver que a vida vai muito mais além dos nossos problemas amorosos, dos medos de fracassar, das dívidas no banco e da saudade dos que já se foram.
E se é tão fácil escrever ou dizer tudo isso, por que na prática é tão complicado convencer nossa mente, que está dentro de nós mesmo a acreditar em algo que nós mesmos estamos tentando implantar.
Ou seja, não somos donos nem de nós mesmos, muitas vezes a razão se esconde e fazemos coisas sem sentido algum por que a vida é assim, quanto mais pensarmos sobre ela de maneira neutra, mais idéias teremos sobre tudo o que passa, apesar de isso fazer o homem ficar a poucos passos da 'loucura' completa, é interessante questionar nossa própria mente afim de encontrar respostas do subconsciente para tantas perguntas e dúvidas.
Quem não tem dúvidas, certamente é um prisioneiro de suas próprias grades, que algemou tudo que sua cabeça poderia dizer e se rotulou com uma grande faixa de concreto, muitas vezes, que dura para sempre.
Não acho que seja necessário uma enfermidade para que sua mente lhe deixe livre, mas confesso que no meu caso, isso foi um grande empurrão para liberar mais neurônios, loucos para serem explorados.

Liberte-se,
Vida, EU TE AMO!

Valores

Queria falar para o mundo inteiro ouvir, mas queria mesmo é que todos os brasileiros abrissem a mente e me entendessem perfeitamente neste momento;

Hoje, depois que almocei com minha mãe, um senhor japonês bem simpático apareceu e nos disse que ele cuidava sozinho da cozinha e por isso havia demorado um pouco, e perguntou se a comida estava boa.

Antes disso, havia comentando com ela ha quanto tempo eu não comia aquela comida típica do Japão, (KARÊ) e que estava realmente muito bom.

O senhor nos contou um pouco sobre sua vida, ele nasceu no Brasil, no interior de São Paulo, em uma cidade chamada Nazaré Paulista, não gostava da vida no campo e aos 12 anos veio para São Paulo e com o emprego de aprendiz de marceneiro, conseguiu pagar o aluguel de um cômodo, após alguns anos percebeu que aquela não era sua área e por mais que trabalhasse duro,não  conseguiria comprar um lote e resolveu ir para o Japão. Lá os funcionários são pagos por hora e ganham o suficiente para viver bem e até juntar uma boa quantia, o trabalho dele era lavar louças, o senhor ficou 8 anos trabalhando de 10 a 12 horas por dia até conseguir o dinheiro que almejava e voltou para o Brasil, desta vez mais confiante e determinado pois nesta história passaram-se mais de 40 anos.

Em sua experiência no Japão como lavador, esse senhor observou os cozinheiros preparando os pratos, via o que usavam, marcas de preferencia, quantidade, etc. Comprava os alimentos na feira e tentava faze-los em casa até sair igual ou até melhor, pegou muito gosto pela culinária e com o dimdim no bolso, voltou para a terra Natal.

Chegando aqui comprou sua casa e logo conseguiu um emprego em restaurante.

Com um jeitinho nipônico adorável e experiente, falou do Brasil de um jeito lindo, do jeito que ele provavelmente enxerga este país, mas que infelizmente pouquíssimas pessoas conseguem ver;

-"O Brasil é um país muito bom, tudo que se planta, se colhe, não tem terremoto, nem tsunami, tem trabalho para todo mundo, clima bom e aqui pode tudo né."

Nesse 'pode tudo', ele quis dizer que as leis nao funcionam, todos sao corruptos, desde os políticos até a população que vota e os elege, jogamos lixo no chão, rabiscamos nossa própria moeda, usamos divindades e fé para nos aproveitarmos dos outros que acreditam cometer pecados e depois fazem tudo para se redimir com medo de alguma punição.

Aqui tem festa toda hora e isso é ótimo, mas o governo banca muito vagabundo que tem saúde para trabalhar mas prefere fazer filho para ganhar auxilio, receber esmola para nós não é vergonha da incapacidade e sim malandragem.

O jeitinho brasileiro tem muito o que mudar se quiser ser respeitado, precisa começar a se respeitar primeiro.

Esse senhor me fez perceber o quão triste é isso, temos um dos melhores países para morar e vivemos reclamando, ninguém faz nada por preguiça e acaba ficando nisso mesmo.

Eu gostaria de mudar o mundo, sei que se tiver alguma oportunidade me jogo, mas também confesso que nao dedicarei minha vida inteira a isso.

Se eu não tiver minha mae comigo para me apoiar e até brigar comigo, desisto pois ninguém merece viver sem mae.

Melhoras

Fiquei 3 meses bem doente, passei um mal terrível que somente eu sei, espero nunca me esquecer do quanto foi ruim, tanto que desisti de tudo que gostava e perdi totalmente a vontade de fazer qualquer coisa.

Ontem me curei, 

Quero escrever hoje para que eu tenha registrado o momento da minha melhora, ainda lembro perfeitamente dos sintomas, de como eu me sentia todos os dias, do momento em que acordava até mesmo entre os sonhos da madrugada.

Péssima.

Nao me lembrava ao certo como que era ter saúde, disposição, eu nao lembrava como era acordar e levantar tranquila, nao ficar sonolenta o dia inteiro e nem passar fome sem poder comer... Pelos ressecada, passando mal com todos os tipos de cheiros e sabores, passando mal, muitas vezes, apenas de pensar em algo.

Superei, sobrevivi.

Voltei cheia de energia com uma vontade de viver bem, de comer, sair, me exercitar física e mentalmente, de cuidar da minha saude, de ser feliz e viajar.

Eu quero minha mae comigo, sempre, durante muitos anos.

Que assim seja.