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Mainha, minha rainha
Eu herdei uma genética forte, boa.
Por parte de mãe, minha avó Elza, criou 4 filhas, minhas tias Mônica, Renata e Deise, e minha mãe, Silvia. Além de mulheres incríveis, que acompanharam todo o meu crescimento, Re e De também viraram mães e me deram presentes que amo além da vida, meus primos; Artur, Amanda, Natália e Gabriel. Já a Mô, optou por seguir sem filhos, mas conviveu e deu muito carinho ao meu irmão de 4 patas, Zeus.
Fomos muito bem alimentadas de educação e comidas saudáveis. Minha avó Elza era professora e sempre fez questão da escola, da alfabetização, dos estudos e da mesa farta. Tenho muito orgulho e admiração por essas mulheres, que me ensinam e inspiram muito.
Eu nasci em época de fartura e abundância, não financeira, mas de carinho, cuidados e amor.
Recebi todos os presentes que o dinheiro não pode comprar e alguns que o dinheiro compra, também.
Descendência japonesa e afro se misturaram na genética da minha mãe, que veio pra mim somado ao toque da arte, criatividade, resiliência e personalidade arretada oriundas do Nordeste, no encontro genético com meu pai.
Filho de uma Alagoana guerreira crescida em São Paulo, meu pai foi o primeiro filho da minha Avô Dig, que trabalhou muito para conquistar sua casa própria e oferecer o melhor que ela pode para suas crianças.
Hoje, essas crianças cresceram, já tiveram suas próprias crianças. Eu fui a primeira neta, a "moreninha", como ela diz, e segui única de mil novecentos e bolinha até os anos 2000. Quando meu primo Lucas nasceu.
Sou herdeira. Sangue misto, histórias diversas, lágrimas escorridas e muitas batalhas vencidas.
Usufruimos de muitas conquistas que foram batalhadas há anos atrás e eu reconheço isso.
Meu pai não seguiu a carreira contábil igual aos meus avós, em vez disso, construiu seu caminho no universo do graffiti e arte de rua, gerando oportunidades para gerações de artistas no Brasil e mundo. Sua trajetória sempre me encantou e aproximou da cultura Hip Hop e suas vertentes.
Minha mãe, apesar de sonhar em ser professora, trabalha com produção, agências e consultoria de viagens. Morou e trabalhou por muitos anos no Japão e até hoje contagia as pessoas com sua força, apoio e compreensão. Ela carrega traços nítidos de nossa raiz, Nanami, que deixou muitas saudades.
Assim, nasci e cresci. Rodeada de muita gente boa, contando com figuras de respeito, que me apoiaram e serviram de inspiração, compartilhando muito amor.
Isso é uma força imensa que tenho. Agradeço todos os dias e noites por esse privilégio.
Sigo na luta pelas minhas próprias conquistas, abrindo portas e janelas para mim e para aquelas que virão depois de mim... Amando muito...
Nesse dia das mães, reflito sobre toda a minha herança genética e agradeço nova.mente.
Meu único filhote é um cachorro, Raul e eu estou feliz assim, acho que não terei coragem de gerar uma criança, mas admiro imensamente todas as mães, principalmente a(s) minha(s).
Por essas e outras, resolvi compartilhar alguns traços da minha árvore genealógica e a história dessa data comemorativa, se liga só:
O Dia das Mães, celebrado no Brasil, também é uma tradição em outros países. Antigas civilizações como a Grécia e Roma já homenageavam deusas da fertilidade e maternidade. No entanto, a versão moderna do Dia das Mães é mais recente.
O primeiro Dia das Mães oficial aconteceu em 26 de abril de 1910, na Virgínia, EUA, graças à campanha de Anna Jarvis, que desde 1905 tentava instituir um dia para celebrar as mães em homenagem à sua mãe, Ann Jarvis, uma ativista social.
Ann Jarvis, após perder dez filhos, dedicou sua vida a ajudar outras mães e sua comunidade, fundando um grupo em 1858 para reduzir a mortalidade infantil. Durante a Guerra Civil dos EUA, ela ajudou soldados feridos e promoveu a reconciliação pós-guerra, organizando piqueniques anuais nos "Dias das Mães" para encorajar a participação feminina na política e promover a paz.
Em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o Dia das Mães em todo o EUA. Porém, o viés comercial que a data ganhou revoltou Anna Jarvis, que chegou a organizar protestos contra floriculturas por aumentarem os preços das flores.
No Brasil, o primeiro Dia das Mães foi em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre, promovido pela Associação Cristã de Moços. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a celebração em todo o país.
- Então, se você realmente quer celebrar sua mãe e sua ancestralidade, faça o bem e ame - a si próprio, ao próximo, a natureza e às pessoas como se não houvesse amanhã.
Pq se vc parar pra pensar, na verdade não há!
AMEM
TDB
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